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Bacia do Araripe: por que ela é tão importante?

Rihanna Felix

9/24/20252 min read

Quando falamos de Paleontologia, um dos lugares mais importantes do Cretáceo é a Bacia do Araripe, no Nordeste do Brasil, pois são encontrados fósseis com uma excelente preservação, o que permite explicar o ambiente do Cariri há milhões de anos. Essa região guarda um verdadeiro tesouro do período Cretáceo, principalmente no chamado Grupo Santana.

Ok, mas precisamos entender o que é o Cretáceo. Com certeza você já ouviu falar no Jurássico, certo? Então, o Cretáceo é parecido: este foi um período da história da Terra em que os dinossauros estavam por toda parte. Ele foi o último período do Mesozóico. Este período foi de grande importância para a história da Terra; ele marca o auge dos dinossauros, o surgimento e a diversificação de algumas espécies, além disso, algo que impactou foi uma das maiores extinções em massa que ocorreram no final deste período.

Na época, chamada Cretáceo Inferior, o planeta passava por muitas mudanças. Os continentes estavam se separando, formando os oceanos e alterando a paisagem global. Este foi um período de grande diversidade de plantas e animais. O grupo Santana (Aptiano - Albiano) da Bacia do Araripe constitui um dos maiores depósitos fossilíferos do Cretáceo, registrando muito bem essa fase. São encontradas uma grande quantidade e diversidade de peixes (osteíctes e condrictes), répteis (crocodilos, tartarugas, dinossauros, pterossauros), além de artrópodes (crustáceos, aracnídeos, insetos) e plantas (troncos, folhas e frutos). Alguns fósseis são tão bem preservados que mantêm detalhes como penas e até restos de tecidos moles.

As plantas com flores, angiospermas, apareceram nessa época. Na Bacia do Araripe já foram encontradas várias espécies fossilizadas, como Arlenea delicata, Jaguariba wiersemaniana, Pluricarpellatia peltata, Endressinia brasiliana, Iara iguassu e Klitzschophyllites flabellatus. A diversidade dessas plantas permite um estudo aprofundado do ambiente e da biodiversidade da época. Surgiram nessa época aves primitivas, como o Cratoavis cearensis, que apesar de parecer um pássaro moderno, ainda tinha características de dinossauros.

Os fósseis encontrados incluem ainda lagartos, que deram origem aos mosassauros, grandes predadores marinhos, além de sapos e rãs que mostram como eram os ambientes de água doce. Os peixes da região são um espetáculo à parte. Exemplos encontrados na Formação Romualdo incluem o Tharrhias araripis e Araripichthys castilhoi que estão preservados em três dimensões. Há também registros de insetos, como a formiga mais antiga já descoberta, a Vulcanidris cratensis.

Outro destaque é os pterossauros, répteis voadores que dominavam os céus. A Bacia do Araripe é o segundo lugar do mundo com mais fósseis desse grupo, com mais de 20 espécies conhecidas, algumas delas com cristas ósseas impressionantes. E, claro, os dinossauros também estão presentes, como o pequeno Santanaraptor placidus, o Irritator challengeri e o Ubirajara jubatus.

A Bacia do Araripe é um dos mais importantes registros fossilíferos do mundo, especialmente do Cretáceo Inferior, por reunir fósseis de plantas e animais em excelente estado de preservação. Esses achados revelam a diversidade da vida no passado, ajudam a reconstruir antigos ecossistemas e fornecem dados essenciais para compreender processos evolutivos e as transformações do planeta. Assim, seu estudo é fundamental não apenas para a ciência brasileira, mas para o conhecimento global sobre a história da vida na Terra.