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Pterossauros do Araripe: Os Gigantes Alados da Pré-História

Borja Holgado

2/26/20251 min read

Os pterossauros foram uma linhagem de répteis voadores relacionados aos dinossauros, sendo os primeiros vertebrados a desenvolver a habilidade de voo ativo. Eles surgiram há mais de 216 milhões de anos, com as espécies mais antigas registradas nos Alpes italianos, como Eudimorphodon e Carniadactylus. No entanto, há evidências de precursores desses animais, como o Venetoraptor gasseae, encontrado no extremo sul do Brasil e datado de mais de 230 milhões de anos.

Na Bacia do Araripe, já foram nomeadas 33 espécies de pterossauros, mas, até o momento, apenas cerca de 25 delas são consideradas válidas. Entre essas espécies, o maior pterossauro identificado na região foi o Tropeognathus mesembrinus, que poderia alcançar quase 9 metros de envergadura. Já o menor ainda é difícil de determinar, pois todos os pterossauros descritos até hoje no Araripe possuem um porte médio a grande, com envergadura superior a 2 metros. Entre os menores conhecidos na região, destacam-se Aymberedactylus cearensis, Tapejara wellnhoferi e Unwindia trigonus.

Os pterossauros foram os primeiros vertebrados a desenvolver um voo ativo, ou seja, conseguiam bater as asas para se impulsionar no ar, o que lhes permitia uma decolagem eficiente. Os de grande porte, como os do Araripe, provavelmente utilizavam correntes de ar ascendentes para planar, de maneira semelhante aos urubus e fragatas nos dias de hoje.

Esses incríveis répteis alados foram extintos na grande extinção em massa do final do Cretáceo, há cerca de 66 milhões de anos. Entretanto, as espécies da Bacia do Araripe viveram muito antes desse evento, tendo desaparecido pelo menos 30 milhões de anos antes do último registro conhecido de pterossauros na história do planeta.

Reconstituição em vida de Tupandactylus, arte de Márcio Castro.